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O pagamento voluntário do IBI atinge a sua cifra mais alta dos últimos anos em Múrcia com quase 102 milhões

Os contribuintes que realizam o abono em prazo atingem o 92%; Fazenda espera melhorar estes dados com o seu novo Escritório Virtual

La maior arrecadação dos últimos anos sem perseguir a ninguém. Isso é o que espera conseguir a Câmara municipal de Múrcia à vista dos dados dos que dispõe sobre a cobrança do Imposto de Bens Imóveis (IBI) Urbana relativo a este ano, o que é sem dúvida o tributo que mais alegrias contribui por si mesmo aos cofres autárquicos. A Câmara municipal espera roçar os 102 milhões de euros durante o período voluntário, que finalizou o passado 5 de julho, mas cujas cobranças ainda estão 'a girar' as entidades bancárias, que dispõem para isso de umas oito semanas desde a data de fechamento do prazo. «A data de hoje estima-se uma subida que pode chegar a 1 ponto percentual com respeito ao ano anterior, o que consolidaria o incremento dos últimos exercícios, podendo chegar a um máximo histórico de 92%», aponta o vereador de Gestão Económica e Segurança Cidadã, Enrique Lorca.

Esta percentagem de abono voluntário cresceu notavelmente desde o ano 2018, quando se situou em mal o 87%, o que fez com que a arrecadação durante estes dois meses iniciais, nos que o imposto se põe à cobrança, atingisse mal os 99 milhões. Nos dois anos seguintes, ascendeu até o 91%, embora os rendimentos foram menores, tanto pelas revisões catastrales como pelas medidas que se adotaram para amortecer o impacto nos bolsillos dos vizinhos. Os cargos netos –os que correspondem depois de corrigir de erros o padrón– para este 2021 se acercam assim aos 110 milhões, dado inferior aos quase 114 milhões de 2018, os 104,7 de 2019 e os 108,8 de 2020, que são as quantidades que submete a cobrança a Agência Tributária Autárquica (AMT).

Facilita em grande parte o trabalho a este organismo a domiciliación dos recibos, que também veio conseguindo adeptos nos últimos tempos. Assim, no caso do IBI Urbana, esta atinge já o 68,71%, ao subir 8,62 pontos desde 2016. Não obstante, fontes autárquicas atribuem este incremento da arrecadação em período voluntário a três pilares fundamentais: as facilidades de pagamento, a consolidação do Escritório Virtual Tributária e os avisos personalizados para os contribuintes, através de e-mail ou mensagem móvel sobre o calendário de pagamento. Assim, quanto às primeiras, se consolidaram os sistemas de pagamento domiciliado 'à carta', que permitem ao cidadão adaptar o calendário de pagamento à sua economia ao longo do ano, sem interesses.

A VERDADE 28/07/2021. Pedro Navarro